segunda-feira, 18 de maio de 2015

Resenha: "A Herdeira", por Kiera Cass

**Atenção: essa resenha contém spoiler dos três primeiros livros de A Seleção. Não recomendo que leia essa resenha nem a sinopse de A Herdeira se ainda não leu os três primeiros livros da série.


Há vinte anos, America Singer venceu a Seleção e se casou com o príncipe Maxon. As castas foram eliminadas, o rei e a rainha tiveram filhos, estavam apaixonados e vivendo um conto de fadas. Tudo ia bem... até a família real perceber que seus súditos não estavam tão satisfeitos com o sistema monarquico de Illéa quanto eles pensavam.
Numa tentativa de conquistar a população de Illéa, Maxon e America contam à sua filha mais velha (a herdeira do trono) qual é o plano: uma nova Seleção. 
Assim acompanhamos Eadlyn Schreave  Uma jovem aparentemente muito bem resolvida, obrigada  entrar na "missão impossível" de escolher, entre 35 garotos, seu novo marido. 

Logo de cara, Eadlyn despertou algo em mim. Os "cortes" que ela dá no começo do livro conseguiram até me arrancar umas risadas. Não demorei pra ter a certeza de que ela seria odiada por muitos leitores  Dito e feito: choveu mimimi pra cima da Eady.


Ao contrário de muita gente, achei as reações da Eadlyn bastante compreensíveis; em nenhum momento achei que ela estava exagerando. E isso foi o que eu mais gostei nela: Eadlyn é uma personagem forte, mas com motivo, afinal, ela vai herdar o trono de seu pai e quer ter a melhor postura possível quando essa hora chegar. E pelo rei, pela rainha e por Illéa ela faz coisas como abrir mão do seu plano de assumir o reinado sozinha para escolher um marido no meio de 35 estranhos (34, na verdade... ops).

Algo que gostei muito na escrita da Kiera durante a trilogia "A Seleção" foram os clichês. Kiera não exagerava nos plot twists para fugir do óbvio, ao invés disso ela dava consistência ao clichê e o transformava em algo que eu consumia aliviada, com um sorriso no rosto. Com "A Herdeira", não foi diferente: saquei desde o comecinho que rumo o romance da história ia tomar, mesmo que bem "por cima". Fiquei curiosa para ver como a autora ia desenvolver um romance com uma personagem principal tão "intocável" como a Eadlyn, e devo admitir que o desenvolvimento da interação de Eadlyn com os Selecionados não foi nada além de brilhante e, é claro, muito natural.
Chegar nas últimas páginas e perceber o quanto Eadlyn tinha amadurecido me fez tirar o chapéu para Kiera Cass, mais uma vez.

Ler "A Herdeira" foi como tirar férias: o livro inteiro foi de uma leitura rápida e agradável. Gostei muito do desenvolvimento dos personagens e também de toda a questão política, apesar de ter ficado um pouco perdida no começo (o que é completamente compreensível, já que o livro é narrado através do ponto de vista de Eadlyn e a própria não entende muito bem o que está acontecendo).
"A Herdeira" é leitura obrigatória para todos os românticos incorrigíveis que amam livros YA e eu mal posso esperar para ler a continuação  ainda mais depois daquele cliffhanger no final que quase matou todo mundo do coração!

Um comentário:

  1. Adorei a resenha *--*
    O meu problema com a Eady foi o mesmo que tive com a America: querer se mostrar forte demais, e acaba parecendo uma mimada chata NJOASNJOASNJOAS
    Mas eu AMEEEEI o livro, de verdade. Me deu até vontade de ler toda a saga de novo, bateu AQUELA nostalgia <333

    Beijos ;*

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